quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Do lado de lá...

Estou com pouca inspiração para conseguir escrever e não estou com cabeça para pensar. Se já sou confusa para quê me confundir mais?
Porque é que num dia me abraças do nada e no outro passas por mim sem dizer nada?
Não queria estar a dizer isto pela milésima vez porque acho que repetir "Esqueci o Hugo" só parece que não o esqueci por isso, enquanto vão lendo estes textos inexperientes e sem sentido ou um tema concreto vão percebendo o papel do Hugo na minha vida.
Gostava tanto de, ás vezes, poder desligar os meus sentimentos, não de todo, mas por alguém. Seria muito mais prático e não seria tão doloroso mas depois o mundo provavelmente tornar-se-ia ainda mais violento.
Amanhã, vou estar uma hora e meia na escola sem fazer nada, com este frio não me vai saber nada bem, vou ver se levo o meu sketch book para desenhar enquanto espero que os ponteiros andem. Gostava tanto de amanhã chegar a casa com grandes notícias para contar, com o coração aos pulos e com os olhinhos brilhantes mas tenho a certeza que não vai passar de:

-Então filha, como correu a escola? 
-Normal.
-Não receberam nenhum teste?
-Não, nenhum. O que é o almoço? 
[...]

Vou parar de falar sobre mim e aproveito para falar um pouco sobre a Isabel, vai fazer amanhã duas semanas que a Isabel conheceu um rapaz, um Luís, muito intelectual, mais ou menos alto e magro, com uma voz grossa e que sorri sempre de uma forma melancólica, apesar de ser um bom rapaz.
A Isabel, nos primeiros dias, como já disse, talvez por nunca ter estado tão próxima de um rapaz, entregava-se de corpo e alma ao Luís mas ele estava ainda de pé atrás.
Imaginem, era como se existisse um pano entre os dois e a Isabel só conseguisse ver as qualidades do Luís mas, com o tempo, o rapaz foi conhecendo a Isabel e aproximou-se dela, demasiado até, queria estar sempre com ela, todos os intervalos, todos os minutos, estava sempre a mandar-lhe mensagens e foi aí que ele passou para o lado de cá do pano e que a Isabel começou a ver não só as suas qualidades mas todos os seus defeitos e quem regrediu um ou dois passos desta vez, foi ela.
Estas comparações estúpidas para mostrar que nestas idades, toda a gente está apaixonada mas depois existe o destino e não sou a única que o está a enfrentar.
Nos últimos dias a Isabel tem sido um bocadinho rude para o rapaz, já falei com ela mas acho que ela ainda está muito vidrada no Pedro, talvez porque o pano dele ainda não caiu.



sábado, 20 de fevereiro de 2016

Um pesadelo quase Duradouro

É uma das coisas que mais me custa, ver atos de violência.
Nos últimos dias, na escola, um rapaz têm andado com problemas. Existe um grupo de rapazes que o andam a perseguir e já passou de críticas e meros empurrões.
Muitos jovens se suicidam por casos de bullying e nunca tinha encarado a situação de forma a conseguisse perceber porquê tomar tal decisão. Sempre pensei que se alguém quer brincar com o nosso psicológico devemos fazer exatamente o contrário, mostrar que não nos afeta e seguir em frente. Diz-se a esta atitude uma verdadeira "chapada de luva branca", no entanto, há uns dias para cá tenho vindo a perceber que não é assim tão simples e que muitas vezes, esses indivíduos são tão maldosos que nem com tal chapada param de nos julgar e tornar o nosso dia num pesadelo. Agora imaginem, todos os dias serem um pesadelo para vocês.
O rapaz está sempre a chorar e vai tendo umas pisaduras aqui e acolá, e agora entendo, os principais culpados para além dos bullys são os professores que, depois de saberem destas situações simplesmente se limitam a: "O que você fez para eles se revoltarem?" é mesmo muito triste terem de ser os próprios alunos a ajudar o envolvido em vez de um adulto se encarregar de uma tarefa que está ao seu alcance, por completo, e que pode mudar a vida de alguém. É triste...
Agora, pensem se o rapaz não tivesse amigos que o ajudassem, quando fosse ter com o professor e ouvisse uma resposta daquelas teria logo desistido... E daí vêm os suicídios, parte deles.
Felizmente conseguimos avisar outro professor que agiu corretamente e a tempo.
Acabou o pesadelo, suspiro.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Já segui, digo.

Quando o teu braço quente me aconchega o pescoço e me aperta, sem doer, talvez um medo miudinho passa pelo meu estômago para se dirigir para o coração, mas é algo leve. Quando te baixas e me olhas nos olhos por seres mais alto e depois, sorris e tudo acalma.

É verdade, está quase a chegar o dia de São Valentim.
O normal estado de espírito de uma adolescente atrapalhada seria esperar até domingo ou já estar a preparar cartinhas e postais para entregar na segunda ao seu mais-que-tudo. Como prometi não ser uma adolescente atrapalhada, estou a tentar ser o mais racional possível, a tentar separar o bom de uma ilusão do bom que realmente aconteceu e o mau da minha mente do mau que me podia ter escorregado pelos dedos, mas que não escorregou.
Estou muito anciosa por segunda-feira porque as últimas palavras que o Tiago me disse foram:
-Segunda tenho de te mostrar uma coisa. - Disse com a chuva a escorregar-lhe pelo carapuço.
-O quê?
-Segunda vês.
Estou-me a matar de curiosidade para saber o que será.
Como não podia faltar falar do outro assunto, queria finalmente declarar que estou-me a tentar abstrair do Hugo e também sei que visto de um ponto exterior a minha vida parece simplesmente um conto de fadas e que eu não passo de uma personagem perdida algures. Quero deixar claro que sou madura e que se estou confusa é porque tenho mesmo razões para tal. Talvez não compreendam.
Como se diz "Só quem sente é que percebe". De qualquer das formas, distanciei-me do Hugo por completo e acho que já atravessei a terrível fase de negação. Vou seguir em frente. Já segui.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sinto algo muito Parvo por vocês...

Enquanto o amor, vai, vem e não é constante, o blog está sempre cá para mim. 
Um turbilhão de emoções têm-se apoderado desta semana e eu nem consigo dar por mim a ser levada por ele e não sei porque é que quando me perguntam por ti, eu ainda sorrio. 
Não há forma de explicar, nem por palavras, que são a melhor forma de comunicar, o que eu tenho vindo a sentir... Uma tristeza excitante e uma animação inconstante a serem bombardeadas por um coração. 
Tu, Tiago, és tão parvo. Parvo por seres querido e parvo por seres engraçado, por seres mais velho e ainda pareceres uma criança, parvo por me tratares como uma amiga e parvo por ás vezes, sem te aperceberes seres insensível. Parvo por me confundires constantemente. Parvo por me colocares o teu braço no meu pescoço, parvo por me mexeres no cabelo, parvo por teres esse sorriso. 
E tu Hugo, és parvo por seres moreno, teres uns olhos escuros e seres amável, parvo por me teres deixado esquecer-te. Tu és parvo por teres deixado o Tiago entrar na minha vida. 
E chamem-me parva, atirem-me pedras, julguem-me, critiquem-me por estar confusa mas eu sinto algo muito parvo por vocês.